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Cabrito do Zé Polaco
Receita e história de Luzia Cuzik
Propriedade: Sítio Vida Nova
Preparação:
Leve o cabrito ao forno ainda congelado
durante 3 horas com temperatura de 140
o
C e
mais 2 horas a 100
o
C. Tire do forno e tempere
quente com vinagre de uva.
Misture o sal, a pimenta, o alho e o açafrão
e esfregue bem em toda a carne do cabrito.
Retire da forma a gordura, recoloque a carne
do cabrito e regue com 4 colheres de azeite de
oliva. Devolva ao forno por mais 1 hora com
temperatura a 100
o
C. Retire, aplique o restante dos temperos macerados e misturados
ao azeite de oliva e devolva ao forno por mais 30 minutos ou até a hora de servir.
O tempo de forno e temperatura depende da idade no abate. Se for um cabrito mais
velho do que oito meses, o tempo de forno será maior. Pode ser servido com purê de
aipim ou batata doce cozida ou salada mista.
Presidente Nereu
Ingredientes:
4 kg de cabrito
5 g pimenta
2 dentes de alho
1 colher (sopa) de açafrão
8 colheres (sopa) de azeite de oliva
extra virgem
4 colheres (sopa) de vinagre de
uva ou vinho
Sal, salsinha, cebolinha, alecrim,
hortelã, orégano e gengibre a gosto
História
Eu estava temperando a carne de cabrito quando chegou a minha casa meu irmão e perguntou
o que eu estava fazendo. Eu disse a ele que estava preparando a carne de cabrito. Ele deu uma
risada e disse-me que nosso pai na década de 50 sempre temperava a carne cedo, mais só comiam
à noite e que o cabrito era assado após a fornada de pão no forno a lenha. Fiquei extremamente
curiosa para saber como tudo acontecia, tendo emvista que nessa época eu nemera nascida. Meu
irmão começou a relatar que era tudo bem diferente de hoje, as crianças ajudavam nos afazeres e
também no abate dos animais. Disse também que o cabrito do nosso pai Zé Polaco era famoso, e
que todos os amigos se reuniampara comer a carne e falar de sua criação que era grande e bonita,
sendo ele o único morador do outro lado do rio do Blinck de Baixo, próximo a Praça Stoltenber.
Meu irmão também falou do azeite de oliva que era vendido pelos donos da Praça Stoltenberg e
que vinha do Porto de Itajaí e por muitos anos era usado em nossa casa para temperar o cabrito
e também para massagear as crianças, pois minha mãe benzia de arca caída e de outras doenças
da época.
Em sua criação, os animais viviam à vontade na capoeira. Das cabras se tirava o leite que servia
tanto para beber quanto para fazer o queijo. No abate os machos não eram castrados, eram
embebedados. A receita se tornou perfeita. Hoje servimos a carne no nosso dia a dia em diversos
modos de preparo, sendo frito, ensopado, assado no forno ou na grelha.